Gestão Pública e IA: inovações para o futuro

A Inteligência Artificial (IA) é um ramo da ciência da computação que desenvolve máquinas e programas que podem realizar tarefas que normalmente requerem inteligência humana. Isso inclui habilidades como compreensão de linguagem, reconhecimento de padrões, tomada de decisões e aprendizado com experiências passadas.

A IA está se integrando cada vez mais à nossa rotina, na gestão pública não seria diferente. Diversas iniciativas estão sendo implementadas visando aprimorar os serviços, otimizar processos e elevar a eficiência do Estado.

Qual a diferença da IA Tradicional e IA Generativa?

A Inteligência Artificial pode ser encontrada de duas maneiras: Tradicional e Generativa, sendo as principais diferenças delas em suas funcionalidades e aplicações.

A IA Tradicional é focada em resolver problemas de forma estruturada, executando tarefas específicas, muitas vezes, utilizando aprendizado de máquina. Por esse motivo, não consegue criar um conteúdo original, sendo ideal para tarefas e utilizações mais “simples”. Já a IA Generativa é capaz de criar novos conteúdos, como texto, imagens, áudio ou vídeo, aprendendo a partir de grandes conjuntos de dados. Ela é capaz não só de reproduzir esses grandes padrões, como também de inová-los de maneira autônoma e original.

Aonde a IA pode ser utilizada na gestão pública?

É possível encontrar projetos-pilotos e iniciantes da Inteligência Artificial em andamento na gestão pública. Seja para automatizar processos, analisar dados em grandes volumes ou previsão de demandas, A IA pode ser utilizada de diversas formas, incluindo:

1. Automação de Processos: Facilita tarefas administrativas, permitindo que os funcionários se concentrem em atividades mais complexas.
2. Análise de Dados: Ajuda na identificação de padrões e tendências, apoiando decisões mais informadas.
3. Predição de Demandas: Antecipa necessidades em serviços públicos, melhorando o planejamento e a alocação de recursos.
4. Gestão de Recursos: Otimiza o uso de recursos financeiros e naturais, reduzindo desperdícios.
5. Transparência e Participação: Melhora o acesso a informações, incentivando a participação cidadã nas decisões governamentais.
6. Segurança Pública: Usa análise preditiva para identificar áreas em risco e aprimorar as estratégias de segurança.
7. Desafios Éticos: Importante considerar questões de privacidade, viés algorítmico e equidade no uso da tecnologia.

Essas abordagens mostram o potencial da IA para fortalecer a gestão pública, promovendo eficiência e transparência.

Em qual estágio estamos da IA na gestão pública?

A chegada da inteligência artificial, especialmente a generativa, representa uma mudança significativa e disruptiva para a sociedade. Recentemente, o governo federal lançou o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), que visa estabelecer uma base sólida para o desenvolvimento e a implementação da IA no país.

Uma das iniciativas desse plano é a criação da Infraestrutura Nacional de Dados (IND), cujo objetivo é facilitar o acesso, a integração e a utilização de dados em diferentes esferas do governo e da sociedade. A IND permitirá que informações sejam compartilhadas de maneira mais eficiente, promovendo a transparência e a inovação, além de potencializar a aplicação de soluções de IA em áreas como saúde, educação e segurança pública.

“Todas as iniciativas dentro dessa linha do PBIA devem estar alinhadas com a estrutura que estamos chamando de IND, que é o trabalho de integração de bases, da melhoria da interoperabilidade entre essas bases, para que a gente tenha um resultado satisfatório da nossa IA no âmbito do governo federal. Isso sempre com um olhar para o cidadão”, disse Mascarenhas.

Essa fala aconteceu durante o Seminário de “Inteligência Artificial, Governança e Democracia” no mês de setembro de 2024, na Escola Nacional de Administração Pública (Enap), em Brasília. No espaço, foi discutido o impacto da IA na sociedade e na administração pública e transformação digital do estado, pensando no futuro da entrega dos serviços públicos. Essas estratégias não apenas buscam impulsionar a adoção da IA no setor público, mas também posiciona o Brasil como um protagonista no cenário global de tecnologia, garantindo que a transformação digital beneficie todos os cidadãos de forma ética e inclusiva.

Implementação de ferramentas de IA

A implementação de ferramentas de IA na sociedade requer uma abordagem cuidadosa e planejada. Aqui estão alguns passos:

1. Capacitação dos Servidores Públicos: É fundamental investir na formação e capacitação das equipes, especialmente aquelas que irão interagir diretamente com os cidadãos. Isso garante uma melhor compreensão das ferramentas de IA e promove uma percepção positiva por parte da população.
2. Infraestrutura Tecnológica: Desenvolver uma infraestrutura robusta que suporte o uso de IA, incluindo a atualização de sistemas e a garantia de acesso a dados de qualidade.
3. Gestão de Dados: Estabelecer políticas para a coleta, armazenamento e compartilhamento de dados, garantindo que informações relevantes estejam disponíveis para alimentar os algoritmos de IA de maneira ética e segura.
4. Ética e Transparência: Implementar diretrizes éticas claras para assegurar que a IA seja utilizada de forma justa e responsável, evitando viés e respeitando a privacidade dos cidadãos.
5. Engajamento da Sociedade: Promover um diálogo aberto com a população para explicar os benefícios e desafios da IA, incentivando a participação e o feedback dos cidadãos no processo.
6. Teste e Avaliação: Realizar pilotos e avaliações contínuas dos sistemas de IA implantados para ajustar práticas, reconhecer falhas e melhorar a eficácia.
7. Colaboração Intersetorial: Incentivar parcerias entre governo, academia e setor privado para compartilhar conhecimentos, experiências e recursos na implementação da IA.

Esses passos são essenciais para garantir que a implementação de ferramentas de IA traga benefícios reais e duradouros para a sociedade.

E no seu estado ou município, como a gestão pública tem impulsionado a Inteligência Artificial?

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