Mudanças climáticas, crises globais e desafios ambientais são alguns dos fatores que têm provocado os centros urbanos a repensar as formas de crescimento e gerenciamento das cidades, visando promover qualidade de vida para os cidadãos.
Na era da transformação digital, as cidades precisam apressar-se para alcançar os avanços tecnológicos que ocorrem de forma rápida e contínua. É nesse cenário que a sustentabilidade e a tecnologia podem ser grandes aliadas no gerenciamento de estados e municípios.
Esse movimento já tem um nome: cidades inteligentes.
Foto: Reprodução da internet
O que são cidades inteligentes?
As cidades inteligentes, ou “smart cities”, como também são conhecidas, referem-se a ambientes urbanos projetados para integrar diferentes tecnologias que atendam às necessidades da população. Os serviços urbanos, como transporte público, segurança e iluminação, são otimizados por meio da tecnologia para tornar a cidade mais funcional e conectada.
Ações em diferentes áreas, como a geração de energia limpa por meio de painéis solares, proporcionam não só uma melhoria na qualidade de vida dos moradores, mas também preservam os recursos naturais, protegendo os ecossistemas locais. Essas propostas não são apenas uma tendência tecnológica, mas uma resposta estratégica às necessidades emergentes de um mundo em constante mudança.
Para que uma cidade seja considerada inteligente, ela precisa funcionar utilizando uma variedade de soluções tecnológicas, como sensores, dispositivos IoT (Internet das Coisas) e IA (Inteligência Artificial), que são partes importantes e prioritárias da transformação digital. Por isso, o espaço urbano deve ser projetado para receber e monitorar com qualidade os dados de uma determinada região.
No Brasil, já existem cidades inteligentes?
É possível encontrar algumas cidades que estão investindo e implementando tecnologias de monitoramento. A utilização de câmeras e sensores para gerenciar o tráfego e auxiliar na segurança pública é uma das ações que já estão sendo devidamente adotadas e implementadas. No entanto, ainda há muito a ser alcançado.
A 10ª edição do Ranking Connected Smart Cities (2024), o único estudo brasileiro de cidades inteligentes, avaliou 74 indicadores de mais de 650 municípios com o intuito de identificar as cidades brasileiras com maior potencial de desenvolvimento. A pesquisa abrange 11 eixos temáticos: Mobilidade, Urbanismo, Meio Ambiente, Educação, Saúde, Segurança, Empreendedorismo, Tecnologia e Inovação, Energia, Governança e Economia. A partir dessas divisões, é possível identificar o comportamento de cada região em relação a cada eixo.
O resultado, publicado em setembro de 2024, mostrou que a melhor pontuação possível de ser alcançada em 2024 foi de 67 pontos. O relatório também revelou as 10 cidades brasileiras que obtiveram as maiores pontuações no ranking, confira:
- Florianópolis (SC): 37,525
- Vitória (ES): 37,513 – vox
- São Paulo (SP): 36,828
- Curitiba (PR): 36,808 – vox
- Niterói (RJ): 36,765
- Balneário Camboriú (SC): 36,699
- São Caetano do Sul (SP): 36,164
- Belo Horizonte (MG): 35,705
- Barueri (SP): 35,579
Apesar de ocuparem os primeiros lugares, as cidades alcançaram pouco mais da metade da pontuação considerada ideal. Isso mostra que, apesar do movimento já está acontecendo no país, ainda há muito a ser desenvolvido e alcançado.
A criação de um ambiente urbano conectado e eficiente não só melhora a qualidade de vida dos cidadãos, mas também impulsiona o crescimento econômico e a competitividade das regiões. Com um compromisso contínuo com a transformação digital, as cidades têm a chance de se tornarem verdadeiros centros de oportunidade e progresso.
Foto de capa: Criada por IA